ENCONTROS MED
[mediterrâneo/medieval]
Monsanto, Idanha-a-Nova 2025
7 - 9 NOVEMBRO [7ª edição]
oficinas, concertos, palestra, apresentações públicas
oficinas, concertos, palestra, apresentações públicas
[PT] O ENSEMBLE MED [mediterrâneo/medieval] propõe anualmente um encontro de artistas da Bacia do Mediterrâneo, que na zona raiana de Idanha-a-Nova, homenageiam o património musical de raiz Mediterrânica e/ou Medieval, de raiz escrita e oral, em particular com a tradição dos adufes / pandeiros / “framedrums”.
ENCONTROS MED 2025 acontecerá de 7 a 9 novembro 2025, na Aldeia Histórica de Monsanto, concelho de Idanha-a-Nova Cidade Criativa da Música UNESCO, com ateliers, apresentações públicas e 1 palestra, colocando o Adufe e o património Mediterrâneo e Medieval, no centro da relação entre artistas/formadores, participantes e comunidade local.
Para 2025, convidamos Waed Bouhassoun, embaixadora da tradição da música síria e da música clássica árabe, que virá acompanhada de Neşet Kutas (Turquia/França). Waed Bouhassoun conduzirá uma oficina sobre um cântico do Leste da Síria “Al-Maya ‘Al-Maya” na abertura do Encontro, dia 7 de novembro pelas 18:00; e Neşet Kutas uma oficina sobre Ritmos da Turquia e Grécia (def e bendir). Ambos darão um concerto com o programa “La Joie de la Vie, Un air méditerranéen”, dia 9 de novembro, pelas 21:00, na Igreja Matriz de Monsanto, inspirado no Mediterrâneo como ponto de encontro entre África, Europa e Ásia, e um espaço aberto para o resto do mundo.
Amélia Fonseca, coordenadora e fundadora das Adufeiras de Monsanto, grupo icónico das cantigas de adufe da região da Beira Baixa e Idanha-a-Nova, divulgando o cancioneiro de tradição oral da aldeia histórica de Monsanto estará com Rui Silva, arauto da investigação artística sobre o adufe moderno em Portugal e nas técnicas do adufe tradicional, estreando pela 1ª Ensemble de Adufes (Intermédio/Avançado) II.
Finalmente, o Professor Doutor Manuel Pedro Ferreira, irá apresentar uma palestra dia 8 de novembro pelas 18:00, que terá como foco inicial as cantigas d'amor do rei Dom Dinis, na sua relação com os traços de oralidade e de modalidade tradicional das canções da área de Monsanto e Idanha-a-Nova (século XX), no âmbito dos 700 anos sobre a morte de El Rei D. Dinis. Este ano teremos uma parceria com “Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival”, festival de cinema que nasceu em Lisboa em 2014, como um espaço dedicado à exibição e promoção do cinema feito por mulheres das diferentes margens do Mediterrâneo, com a presença de Sara David Lopes, cofundadora e codirectora do festival.
Os Encontros Med tem o apoio da República Portuguesa – Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes e estão integrados no Programa Geografia Criativa Festival da Paisagem, um projeto promovido pela NaturTejo GeoPark com coorganização do Município de Idanha-a-Nova, sendo apoiado pela União de Freguesias de Monsanto e Idanha-a-Velha e pela Antena2.
[EN] The ENSEMBLE MED [mediterranean/medieval] annually sets up a meeting of artists from the Mediterranean Basin in Idanha-a-Nova, Portugal, an ancestral place where tradition, innovation and contemporaneity coexist, paying homage to the intangible musical heritage of its Mediterranean and/or Medieval roots, within written and oral tradition, mainly in Adufe / Framedrum playing.
ENCONTROS MED 2025 will take place from 7 to 9 November 2025, in the Historic Village of Monsanto, municipality of Idanha-a-Nova, UNESCO Creative City of Music, with workshops, public performances and one lecture, placing the Adufe and Mediterranean and Medieval heritage at the centre of the relationship between artists/trainers, participants and the local community.
For 2025, we have invited Waed Bouhassoun, ambassador of Syrian music tradition and classical Arabic music, who will be accompanied by Neşet Kutas (Turkey/France). Waed Bouhassoun will lead a workshop on a song from eastern Syria, ‘Al-Maya 'Al-Maya,’ at the opening of the Meeting on 7 November at 6 p.m.; and Neşet Kutas will lead a workshop on rhythms from Turkey and Greece (def and bendir). Both will give a concert with the programme ‘La Joie de la Vie, Un air méditerranéen’ on 8 November at 9 pm at the Monsanto Parish Church, inspired by the Mediterranean as a meeting point between Africa, Europe and Asia, and an open space for the rest of the world.
Amélia Fonseca, coordinator and founder of Adufeiras de Monsanto, an iconic group of adufe songs from the Beira Baixa and Idanha -a-Nova, promoting the oral tradition songbook of the historic village of Monsanto, will be joined by Rui Silva, a pioneer in artistic research on the modern “adufe” in Portugal and traditional “adufe” techniques, debuting the 1st Ensemble of Adufes (Intermediate/Advanced) II.
Finally, Professor Manuel Pedro Ferreira will give a lecture on 8 November at 6 p.m., which will initially focus on the love songs of King Dinis, in relation to the oral tradition and traditional style of the songs from the Monsanto and Idanha-a-Nova area (20th century), as part of the 700th anniversary of the death of King Dinis. This year, we will start a new partnership with "Olhares do Mediterrâneo – Women's Film Festival", a film festival that began in Lisbon in 2014 as a space dedicated to the screening and promotion of films made by women from different shores of the Mediterranean, with the presence of Sara David Lopes, co-founder and co-director.
Encontros Med 2025 is supported by the Portuguese Republic – Culture, Youth and Sport / Directorate-General for the Arts and is part of the Creative Geography Landscape Festival Programme, a project promoted by NaturTejo GeoPark and co-organised by the Municipality of Idanha-a-Nova, with the support of the União de Freguesias de Monsanto and Idanha-a-Velha and Antena2.
20€ | (gratuito para residentes Idanha-a-Nova / free entrance for Idanha-a-Nova residents)
Nota 2025: Inscrições por Oficina: limite 25 participantes / Applications per Workshop: Maximum 25 participants
Prazo Inscrição | Application deadline: 01.11.2025
Língua de trabalho | working language: PT/EN
+Info:
https://ensemblemed.pt/encontrosmed/
Evento Facebook:
https://www.facebook.com/events/686696621144821
PROGRAMAPROGRAMME
#01 OFICINAS / ATELIERS
I | Cancioneiro de Monsanto
[PT] Em Idanha-a-Nova, o ponto de partida é a Tradição Oral do toque e das cantigas de adufe da região. Amélia Fonseca, apresentará a tradição d’As Adufeiras de Monsanto, um dos grupos mais representativos desta tradição, abordando o Cancioneiro de tradição oral da aldeia histórica de Monsanto. É antecedido por uma aula técnica de adufe c/ Rui Silva, por forma a dar as ferramentas básicas necessárias a cada participante para poder abordar os princípios básicos da sua execução.
[EN] In Idanha-a-Nova, the starting point is the oral tradition of playing and singing the adufe in the region. Amélia Fonseca will present the heritage of the “Adufeiras de Monsanto”, one of the most representative groups of this tradition, in particular the oral tradition songbook of the historic village of Monsanto. It is preceded by a technical “adufe” lesson with Rui Silva, in order to give each participant the basic tools needed to be able to approach the basic principles of its execution.
II | Al-Maya ‘Al-Maya (Síria)
[PT] A Água e a Fonte são símbolos da mitologia associada ao Mediterrâneo. Waed Bouhassoun (Síria / Paris) irá ensinar um cântico do Leste da Síria “Al-Maya ‘Al-Maya”. “A água é vida, não se pode viver sem água, e são sempre as mulheres que vão buscar água à fonte. É o local de encontro para os apaixonados. Na mitologia grega, as fontes de água são também frequentemente as filhas da deusa Tétis e do deus Oceano. (…) Representavam a juventude e a beleza, tal como a água que jorra.»
[FR] L'eau et la fontaine sont des symboles de la mythologie associée à la Méditerranée. Waed Bouhassoun présentera un chant de l'est de la Syrie, « Al-Maya 'Al-Maya ». « L’eau c’est la vie, on ne peut pas vivre sans l’eau, et c’est toujours les femmes qui vont chercher de l’eau de la fontaine. C’est lieu des rencontres des amoureux. Dans la mythologie grecque, les fontaines d’eau sont souvent les filles de la déesse Téthys et du dieu Océan. Elles représentaient la jeunesse et la beauté comme l’eau qui jaillit.”
III | Ritmos da Turquia e Grécia (bendir e daf)
[PT] Durante a oficina, Neset Kutas (Turquia / Paris) irá mostrar técnicas para melhor entendimento dos ritmos do Mediterrâneo, particularmente da Turquia e da Grécia. Irá utilizar-se o bendir e o daf para explorar esta multiplicidade sonora.
[FR] Pendant l'atelier, Neset Kutas vous montrera des techniques pour maîtriser les rythmes de la Méditerranée, de Turquie, et de Grèce. Vous apprendrez à utiliser le bendir et le daf pour explorer ces sonorités riches et variées.
#02 CONCERTO
Waed Bouhassoun (Síria): voz, oud
& Neşet Kutas (Turquia): daf , bendir, mansour
[PT] A Alegria d’A Vida, Um Ar Mediterrânico “Em toda a região do Mediterrâneo, partilha-se uma cultura, uma história e um estilo de vida. Ponto de encontro entre África, Europa e Ásia, e um espaço aberto para o resto do mundo, os povos sempre se misturaram e trocaram ideias. Espaço de comércio antigo, berço de grandes civilizações (Egito, Grécia, Roma, Fenícia, etc.) e foco de numerosas comunidades religiosas (cristãos ocidentais e orientais, muçulmanos, judeus, etc.), a bacia mediterrânica apresenta uma grande riqueza cultural em todos os domínios. A proximidade do Azul e da Luz alimentam o nosso espírito. Em toda esta região, a gastronomia tem o sabor do Sol e do Azeite, e reúne-nos a todos na Alegria. Este gosto de vivermos juntos em torno da bacia mediterrânica também se vive através da música. Os repertórios estão ligados a temas, práticas musicais e contextos comuns. Muitas semelhanças aproximam os cantos de trabalho e os rituais do ciclo da vida, assim como as lamentações, realizadas pelas mulheres do Mediterrâneo, desde a Antiguidade em Roma, no Egito e no Médio Oriente.”
[FR] La Joie de la Vie, Un air méditerranéen « Tout autour de la Méditerranée, on partage une culture, une histoire et un art de vivre. Point de rencontre de l'Afrique, de l'Europe et de l'Asie, et espace ouvert sur le reste du monde, les peuples y échangent et s'y mélangent depuis toujours. Espace de commerce ancien, berceau de grandes civilisations (Egypte, Grèce, Rome, Phénicie, etc.) et foyer de nombreuses communautés religieuses (chrétiens d'occident et d'orient, musulmans, juifs, etc.), le bassin méditerranéen présente une grande richesse culturelle dans tous les domaines. La proximité de l'azur et la lumière nourrissent notre esprit. Dans toute cette région, la gastronomie a le goût du soleil et de l'huile d'olive, et elle nous rassemble tous dans la joie. Ce goût du vivre-ensemble autour du bassin se vit aussi au travers de la musique. Les répertoires sont liés autour de thématiques, de pratiques musicales et de contextes communs. De nombreuses similarités rapprochent les chants de travail et les rituels du cycle de la vie. Les femmes méditerranéennes font des lamentations depuis l'Antiquité à Rome, en Egypte et au Moyen-Orient »
Waed Bouhassoun
#03 PALESTRA
[PT] Palestra "Do rei Dom Dinis à Beira-Baixa: caminhos e cruzamentos musicais", no âmbito do Sétimo Centenário da Morte do Rei D. Dinis, pelo Professor Doutor Manuel Pedro Ferreira (CESEM) Esta palestra terá como foco inicial a cantiga trovadoresca e, em especial, as cantigas d'amor do rei Dom Dinis, de que conhecemos algumas melodias. Embora o contexto trovadoresco dos séculos XII-XIV fosse aristocrático, há traços de oralidade e de modalidade tradicional, que serão o foco da segunda parte da palestra, centrada nas canções da área de Monsanto e Idanha-a-Nova, tal como circulavam na primeira metade do século XX.
#04 CINEMA
UN PAESE DI CALABRIA
[FR/IT] (França, Itália, doc, 2016, 90′) de Shu Aiello e Catherine Catella (falado em francês e italiano com legendas em português) Seguido de debate c/ presença de Sara David Lopes, fundadora Festival de Cinema Olhares do Mediterrâneo Prémio Travessias Olhares do Mediterrâneo 2017 . Como muitas aldeias no Sul de Itália, Riace sofre já há muito de um êxodo rural maciço em direcção às cidades do Norte e a países ricos. As casas em ruínas e os terrenos abandonados caracterizam a paisagem desta aldeia moribunda. Mas um dia, no Verão de 1998, um barco com 200 curdos encalha na praia e a aldeia ganha nova vida. Riace, um sítio de onde em tempos se escapava, atrai agora cada vez mais refugiados, homens que vêm de terras longínquas e inóspitas.
BIOGRAFIAS BIOGRAPHIES
AMÉLIA FONSECA (Adufeiras de Monsanto)
[PT] A convite da etnomusicóloga Dr.ª Salwa Castelo Branco, Amélia Fonseca e Laura Pedro fundam as Adufeiras de Monsanto em 1997, que se estreiam nos palcos com o espetáculo “Raízes Rurais, Paixões Urbanas” de Ricardo Pais, que marca o início de uma carreira com mais de 15 anos de existência. D. Amélia segue a tradição viva d’As Adufeiras de Monsanto, um dos mais aclamados, reconhecidos e representativos grupos de uma Tradição Oral que tem como objetivo, preservar e divulgar o riquíssimo património tradicional de Monsanto, através dos cantares e toques do típico Adufe, contribuindo decisivamente, para a sua divulgação e preservação em Portugal e no mundo. São já muitas as participações artísticas, e.g.: o espectáculo “Aduf” de José Salgueiro na EXPO 98 LISBOA, e a participação com o duo Maria João e Mário Laginha. (Hamburgo 1999). Enquanto Adufeira de Monsanto, colaborou com a Orquestra de José Marinho “Nova Harmonia” (2001), Sete Lágrimas, Lula Pena, Adiafa, Ronda dos Quatro Caminhos, entre muitos outros. Estiveram também nos EUA como convidadas de honra das Comemorações do Dia de Portugal (2018) em NEWARK (Nova Jérsia); tendo tocado ainda na sede das Nações Unidas em Nova Iorque. São as convidadas de honra e anfitriãs do “ENCONTROS MED [mediterrâneo/medieval] MONSANTO (2018, 2019 e 2023), que se realizam na sua aldeia e que na primeira edição juntou mais de 40 participantes de vários países. Têm dois CDs publicados, dedicados ao cancioneiro monsantino: “Trajes, cantares e tocares de Monsanto” e “Monsanto, Memória e Tradição” (2010), com 37 temas da Etnografia Monsantina (com reedição alargada, em 2001). Colaboraram em vários programas de Rádio Portugal, Alemanha, Espanha, Canadá, Japão e Coreia do Sul. Em 2020-2022 regressam aos inícios da sua fundação, com a participação no elenco de “talvez…Monsanto”, de Ricardo Pais, estreando no TNSJ Porto, em dezembro de 2020 com reposição de 16 a 25 de Setembro de 2022.
Waed Bouhassoun
[PT] A convite da etnomusicóloga Dr.ª Salwa Castelo Branco, Amélia Fonseca e Laura Pedro fundam as Adufeiras de Monsanto em 1997, que se estreiam nos palcos com o espetáculo “Raízes Rurais, Paixões Urbanas” de Ricardo Pais, que marca o início de uma carreira com mais de 15 anos de existência. D. Amélia segue a tradição viva d’As Adufeiras de Monsanto, um dos mais aclamados, reconhecidos e representativos grupos de uma Tradição Oral que tem como objetivo, preservar e divulgar o riquíssimo património tradicional de Monsanto, através dos cantares e toques do típico Adufe, contribuindo decisivamente, para a sua divulgação e preservação em Portugal e no mundo. São já muitas as participações artísticas, e.g.: o espectáculo “Aduf” de José Salgueiro na EXPO 98 LISBOA, e a participação com o duo Maria João e Mário Laginha. (Hamburgo 1999). Enquanto Adufeira de Monsanto, colaborou com a Orquestra de José Marinho “Nova Harmonia” (2001), Sete Lágrimas, Lula Pena, Adiafa, Ronda dos Quatro Caminhos, entre muitos outros. Estiveram também nos EUA como convidadas de honra das Comemorações do Dia de Portugal (2018) em NEWARK (Nova Jérsia); tendo tocado ainda na sede das Nações Unidas em Nova Iorque. São as convidadas de honra e anfitriãs do “ENCONTROS MED [mediterrâneo/medieval] MONSANTO (2018, 2019 e 2023), que se realizam na sua aldeia e que na primeira edição juntou mais de 40 participantes de vários países. Têm dois CDs publicados, dedicados ao cancioneiro monsantino: “Trajes, cantares e tocares de Monsanto” e “Monsanto, Memória e Tradição” (2010), com 37 temas da Etnografia Monsantina (com reedição alargada, em 2001). Colaboraram em vários programas de Rádio Portugal, Alemanha, Espanha, Canadá, Japão e Coreia do Sul. Em 2020-2022 regressam aos inícios da sua fundação, com a participação no elenco de “talvez…Monsanto”, de Ricardo Pais, estreando no TNSJ Porto, em dezembro de 2020 com reposição de 16 a 25 de Setembro de 2022.
Neşet Kutas
[PT] Neşet Kutas nasceu numa família curda de Izmir. Estudou no Conservatório de Música Turca da Universidade Egeia, em Izmir, onde se formou. Exerce a profissão de professor na Turquia. Antes de se instalar em França, teve uma carreira prolífica como percussionista na Turquia, integrando várias formações, entre as quais a MECAZ, e lecionou em várias instituições, como a Universidade Popular ou o Centro Cultural de Izmir. O seu domínio dos numerosos ritmos do Médio Oriente e a sua execução precisa e elegante fazem dele um percussionista notável. Desde 2016, é membro da Orpheus XXI, a orquestra criada por Jordi Savall, onde colabora regularmente com Waed Bouhassoun, diretora artística. Atualmente, está a seguir uma formação em musicoterapia (AFRATAPEM em Tour).
RUI SILVA
[PT] 1984, Coimbra. Artesão de adufes, músico e professor de percussão. Estudou percussão erudita na Escola Profissional de Música de Espinho (2002-2005) e na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo no Porto (2005- 2009). Especializou-se em Percussão Histórica com Pedro Estevan, no Master en Interpretación de Música Antigua – Percusion Histórica na ESMUC/UAB (Barcelona, 2012). Criou “Aduf&lectrónica“ (estreado em Abril, 2019) com o compositor Bruno Gabirro. Trata-se de um dueto que explora o diálogo entre o adufe e a electrónica em tempo real, com especial ênfase na nova linguagem técnica, sonora e musical doadufe. Lançaram o seu CD de estreia, em Monsanto (Maio, 2023), em parceria com MisoMusic Portugal. É músico convidado da Orquestra Barroca da Casa da Música (timbales barrocos e percussão histórica), da Capella Sanctae Crucis, Nouvelles Musiques Anciennes du Portugal (2013-), dirigido por Tiago Simas Freire e da Orquestra Barroca D´Aquém Mar (Lagoa, Algarve). Nos últimos 13 anos tem desenvolvido um trabalho pioneiro sobre o adufe, instrumento de percussão tradicional portuguesa. Abrangendo áreas tão distintas como: a investigação académica, o intenso trabalho de campo no contexto tradicional, as comunicações e publicações, a construção do instrumento e a sua evolução, a pedagogia, a formação (presencial e online, nacional e internacional), a exploração de novas técnicas performativas e contextos artísticos, a direcção artística e co-criação de eventos dedicados ao adufe (Encontros Med 2018, 2019; Festa do Adufe 2023), entre outros. Publicou “Método de Adufe”: I Parte (Outubro 2022), II Parte (Maio, 2023) e a III (em elaboração). Vive nas Lajes do Pico, nas ilhas portuguesas dos Açores.
[EN] 1984, Coimbra. Craftsman of adufes, musician and percussion teacher. He studied classical percussion at the Escola Profissional de Música de Espinho (2002-2005) and at the Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo in Porto (2005-2009). He specialised in Historical Percussion with Pedro Estevan, in the Master in Interpretation of Early Music - Historical Percussion at ESMUC/UAB (Barcelona, 2012). He created "Aduf&lectrónica" (premiered in April 2019) with composer Bruno Gabirro. This is a duet that explores the dialogue between the adufe and electronics in real time, with special emphasis on the new technical, sonic and musical language of the adufe. They released their debut CD in Monsanto (May 2023), in partnership with MisoMusic Portugal. He is a guest musician with the Casa da Música Baroque Orchestra (baroque timpani and historical percussion), Capella Sanctae Crucis, Nouvelles Musiques Anciennes du Portugal (2013-), directed by Tiago Simas Freire, and Orquestra Barroca D'Aquém Mar (Lagoa, Algarve). For the last 13 years he has been developing pioneering work on the adufe, a traditional Portuguese percussion instrument. Covering areas as diverse as: academic research, intense fieldwork in the traditional context, communications and publications, the construction of the instrument and its evolution, pedagogy, training (in person and online, national and international), exploration of new performance techniques and artistic contexts, artistic direction and co-creation of events dedicated to the adufe (Encontros Med 2018, 2019; Festa do Adufe 2023), among others. He has published "Adufe Method": Part I (October 2022), Part II (May 2023) and Part III (in preparation). He lives in Lajes do Pico, on the Portuguese islands of the Azores.
Manuel Pedro Ferreira
[PT] Manuel Pedro Ferreira estudou em Lisboa e na Universidade de Princeton, onde se doutorou em Musicologia com uma tese sobre canto gregoriano em Cluny, orientada por Kenneth Levy. Ensina no Departamento de Ciências Musicais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa (FCSH/NOVA), de que chegou a ser coordenador. Entre 2005 e 2023, foi responsável pelo Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical da FCSH/NOVA. Em 1995 fundou o grupo de música antiga Vozes Alfonsinas, que ainda dirige em palco e em gravações. Foi eleito em 2010 membro da Academia Europaea e pertenceu, desde 2012 a 2022, ao Conselho Diretivo da Sociedade Internacional de Musicologia. Dedicado sobretudo aos estudos musicológicos, Manuel Pedro Ferreira escreveu um vasto número de artigos académicos em revistas e livros publicados por todo o mundo. O seu livro O Som de Martin Codax (Lisboa, 1986) recebeu o Prémio de Ensaísmo Musical do Conselho Português da Música; foi responsável pela publicação facsimilada do Cancioneiro de Elvas (Lisboa, 1989) e do manuscrito 714 da Biblioteca Pública Municipal do Porto (Porto, 2001). Os seus livros, como autor, incluem ainda Cantus Coronatus — Seven cantigas d’amor by King Dinis (Kassel, 2005); Antologia de Música em Portugal na Idade Média e no Renascimento, 2 vols., 2 CDs (Lisboa, 2008) et al. Coordenou um número duplo da Revista Portuguesa de Musicologia (2004-2005) e títulos como: Dez compositores portugueses. Percursos da escrita musical no século XX (Lisboa, 2007); Medieval Sacred Chant: from Japan to Portugal (Lisboa, 2008); Do canto à escrita: novas questões em torno da lírica galego-portuguesa (com Graça Videira Lopes; Lisboa, 2016); Musical Exchanges, 1100-1650: Iberian connections (Kassel, 2016), entre outros.
SARA DAVID LOPES
[PT] É cofundadora e codirectora do festival anual Olhares do Mediterrâneo – Women's Film Festival (2014). No âmbito do Festival, além de funções de direção, integra o comité de seleção e programação e é coprodutora executiva, dando também apoio à gestão financeira. Assegura a gestão de cópias e coordena a tradução e legendagem (português e inglês) de todos os filmes, além de supervisionar a comunicação de imprensa e gerir o website do Festival. É responsável pelas extensões do Festival dentro e fora do país e pela criação e desenvolvimento de contactos com produtoras e distribuidoras nacionais e internacionais, estando também envolvida no networking com outros festivais de cinema, como por exemplo “Films Femmes Méditerranée” (França), Beirut International Women Film Festival (Líbano), Porto
Ficha técnica e artística:
Direção Artística: Daniela Tomaz [Ensemble Med]
Design Gráfico: Z
Comunicação: Mayra Paolinelli
Videografia e Fotografia: Franco Sanguinetti
Fotografia: Paulo Chaves
Organização: O Corvo e a Rapos
Parceiro Estratégico: Município de Idanha-a-Nova / Centro Cultural Raiano Idanha City Of Music
Cofinanciamento através do Programa Geografia Criativa Festival da Paisagem, um projeto promovido pela NaturTejo GeoPark
Apoios: República Portuguesa - Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes União de Freguesias de Monsanto e Idanha-a-Velha
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